UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

31 de agosto de 2012

BURT LANCASTER E GARY COOPER NO CLÁSSICO “VERA CRUZ”, EM INDAIATUBA


Todo cinéfilo fã de faroeste tem num cantinho especial de sua DVDteca o clássico “Vera Cruz”, de Robert Aldrich. Porém assistir a esse espetacular western em tela grande e com os recursos de um cinema moderno, isso é para poucos felizardos, gente de sorte como aqueles que moram em Indaiatuba e nas cidades vizinhas. Indaiatuba é uma cidade distante 107 quilômetros da capital paulista e entre seus shopping centers está o Shopping Jaraguá com o complexo de salas cinematográficas “Topázio”, pertencente ao Sr. Paulo Antônio Lui.


Laudney Mioli
Laudney Mioli, mais conhecido por ‘Lau Shane’ na confraria dos amigos do western em São Paulo, passou há algum tempo a residir em Indaiatuba, para onde levou seu amor pelo cinema. Tornando-se amigo de Paulo Lui, Lau Shane descobriu que o empresário era também fã de faroestes. O resultado da amizade entre Lau e Lui foi a criação do “Sábado Nostálgico”, dia da semana em que sempre é programado um clássico da época de ouro do cinema com a presença de aproximadamente duas centenas de espectadores. Num desses sábados foi exibido “Bravura Indômita”, com John Wayne e está programado para hoje, dia 1.º de setembro, justamente o imperdível “Vera Cruz”, com o início marcado para 9h30. Para as exibições dos “Sábados Nostálgicos” a entrada é gratuita e a sessão começa após um saboroso café da manhã servido no próprio Shopping Jaraguá.

Paulo Lui
Paulo Antônio Lui é uma pessoa muito querida não só em Indaiatuba, mas também nas cidades vizinhas de Vinhedo e Campinas, onde igualmente possui salas exibidoras. Lui é incansável nas campanhas beneméritas que promove e também em seu trabalho pela preservação da memória cultural da cidade. São iniciativas como essa dos "Sábados Nostálgicos" que trazem alegria não só para os fãs saudosistas mas também para aqueles mais jovens que buscam o melhor do cinema, independentemente do ano de produção do filme. E nada melhor que rever “Vera Cruz” com equipamento em 3D, com muito conforto e a presença de amigos como Paulo Lui e Lau Shane. 



30 de agosto de 2012

ASSIM SÃO OS FORTES (Across the Wide Missouri) – O QUE SOBROU DE UMA GRANDE AVENTURA



O livro de Bernard De Voto e dois de
A.B. Guthrie Jr., que foi o autor da
adaptação de "Shane" para o cinema.
Nem sempre a adaptação de um romance festejado resulta em um grande filme, mesmo se dirigido por um diretor de talento. Exemplos não faltam, especialmente quando a transposição para a tela trata de obras que contam sagas dos pioneiros que desbravam regiões onde a vida ainda podia ser chamada de selvagem, ou seja, onde ainda não chegara o homem branco. Com “Rio da Aventura” Howard Hawks não realizou um grande filme, mesmo partindo de um roteiro que adaptava “The Big Sky” de A.B. Guthrie Jr. Do mesmo Guthrie Jr., porém vencedor de um Prêmio Pulitzer, foi “The Way West”, levado ao cinema por Andrew V. McLaglen com o título brasileiro “Desbravando o Oeste” e que não foi bem aceito nem por público e nem por crítica. Nessa mesma linha de filmes adaptados de romance famosos está “Assim são os Fortes”, dirigido por William A. Wellman com roteiro elaborado a partir de “Across the Wide Missouri”. Essa obra histórico-literária recebeu um Prêmio Pulitzer em 1948, custou cinco milhões de dólares aos cofres da MGM em 1950, incluídos os direitos autorais pagos a seu autor, Bernard De Voto, e está longe de poder ser considerado um, bom filme.



Acima William A. Wellman e abaixo Dore Schary.
A palavra final da MGM - Para que o leitor tenha uma idéia do custo final de “Assim são os Fortes”, rodado em 1950, com os mesmos cinco milhões de dólares teria sido possível filmar os clássicos “O Matador”, “Winchester 73”, “Caravana de Bravos” e “Embrutecidos pela Violência”. E ainda sobraria dinheiro para no ano seguinte produzir “Matar ou Morrer”, que custou 750 mil dólares. Alguns fatores contribuíram para que “Assim são os Fortes” não desse certo e entre eles o principal é o fato de ser um filme da Metro-Goldwyn-Mayer. Estúdio muito mais famoso pelos maravilhosos musicais que produzia, o gênero western não era o território preferido da MGM. Um ano antes o estúdio dirigido por Louis B. Mayer havia destruído “A Glória de um Covarde”, de John Huston, editando o filme à sua maneira e o distribuindo com inacreditáveis 69 minutos de duração, como se fosse um faroeste ‘B’. Em 1950 Mayer perdeu o poder e Dore Schary passou a ser o homem forte da casa. Após haver assistido a uma preview de “Assim são os Fortes”, Schary ordenou que o filme fosse radicalmente encurtado, tornando-o palatável para o gosto do grande público. No entender de Schary os fãs do ‘King of Hollywood’, Clark Gable queriam mesmo era ver o eterno ar de soberba, poses com sorrisos e olhares cínicos que deram fama de irresistível ao ator.

Filme rejeitado pelo diretor - William A. Wellman renegou “Assim são os Fortes”, não o aceitando como um filme seu. A versão final foi reduzida a 77 minutos apenas, desaparecendo quase todas as sequências dramáticas que davam consistência ao filme, que resultou frio e desprovido de profundidade emocional. Segundo Wellman, diversos personagens do livro de Bernard De Voto, importantes na construção da saga, tornaram-se praticamente estranhos à história. Após a história ser praticamente dilacerada a MGM colocou um narrador (voz de Howard Keel) para tentar dar unidade ao filme. Como não há nenhuma cópia do tipo ‘director’s cut’ de “Assim são os Fortes”, apenas o romance entre o oportunista caçador de peles e a índia Blackfoot resiste razoavelmente no filme. E justiça seja feita, permaneceram também as deslumbrantes tomadas das locações feitas no Colorado, responsabilidade do cinegrafista William C. Mellor. No entanto isso é pouco quando se imagina o que Wellman pode ter feito ao contar a história dos caçadores que decidem se aprofundar naquele território desconhecido, o Noroeste dos Estados Unidos no início do século XIX.

María Elena Marqués e Clark Gable
A ganância de um caçador - “Assim são os Fortes” conta um dos segmentos do livro de A.B. Guthrie Jr. adaptado pelos roteiristas Talbot Jennings e Frank Cavett. Vindo de Kentucky, o caçador e comerciante de peles Flint Mitchell (Clark Gable), lidera uma excursão a uma região além das Montanhas Rochosas habitada pelos índios Nez Perce e Blackfoot. Ao conhecer a bela nativa Kemiah (María Elena Marqués) e descobrir que a índia é neta do chefe Bear Ghost (Jack Holt), Mitchell decide cortejar e se casar com ela para obter livre acesso às terras dominadas pelos índios. Iron Shirt (Ricardo Montalbán), sobrinho de Bear Ghost, é contrário à presença dos caçadores e termina por assassinar Kemiah, que já havia dado um filho ao marido Mitchell. Os caçadores enfrentam os índios e permanecem na região, dando início à dominação do homem branco naquele local paradisíaco.

Acima Alan Napier, Evelyn Finley e Adolphe Menjou;
abaixo Gable sem nenhum glamour.
Desperdício de talentos - O livro de De Voto historia profunda e detalhadamente o comércio de peles no período de 1830 a 1840. E dá nuances românticas e épicas à saga dos gananciosos aventureiros, sendo o casamento de conveniência que se transforma em amor, entre Flint Mitchell e Kamiah, o grande momento romântico do livro. E o que torna a leitura ainda mais realista e saborosa é a presença de diversos tipos entre os aventureiros, como o francês Pierre (Adolphe Menjou), o capitão escocês  Humberstone Lyon (Alan Napier) e o outro escocês chamado Brecan (John Hodiak), este casado com uma índia da tribo Nez Perce. São todos personagens importantes, alguns engraçados mas mal delineados certamente devido à implacável tesoura orientada por Dore Schary. E o grupo de excelentes atores do filme acaba fazendo meras figurações pois o espaço maior é destinado às poses do astro Clark Gable. Verdade que desglamourizado, vestido com roupas de peles, com barba por fazer e em muitas cenas até sujo. Porém, sob seu chapéu de caçador, brilha o cabelo impecavelmente empastado. Gable até que se esforça para convencer como um herói aventureiro, mas seus 50 anos de idade não lhe permitiam mais os movimentos ágeis que ficariam muito melhor em Burt Lancaster ou Kirk Douglas. Os melhores momentos na tela do personagem Mitchell acontecem quando Gable é dublado.

Ricardo Montalbán
Respeito à língua nativa - “Assim são os Fortes” é um daqueles westerns que com certa relutância são enquadrados nesse gênero. O mesmo aconteceu com o referido “Rio da Aventura”, de Howard Hawks e com “Ao Rufar dos Tambores” de John Ford. A rigor mais um filme histórico, “Assim são os Fortes” é excessivamente lento e parte desse ritmo se deve ao respeito ao idioma dos índios que não falam Inglês, diferentemente da maioria dos westerns em que é espantoso o domínio da língua inglesa por parte dos nativos. Ocorre que cada diálogo entre brancos e índios no filme de Wellman é traduzido por Pierre ou por Brecan, que conhecem a língua dos Blackfoots. Sequências vitais como o confronto entre os índios e os caçadores e peles, que seria o clímax do filme, são pobres para um filme que custou cinco milhões de dólares. Bastante boa, no entanto, a sequência em que Mitchell (Gable) e Iron Shirt (Montalbán) se enfrentam fazendo uso das primitivas espingardas carregadas com pólvora.

Acima James Whitmore socorre Clark Gable
em cena excluída do filme; à direita J. Carrol
Naish; abaixo o par romântico.
Furioso massacre - O excelente elenco de apoio de “Assim são os Fortes” destaca os veteranos Adolphe Menjou, Alan Napier e Jack Holt. Por outro lado J. Carrol Naish faz uma triste caricatura do chefe Looking Glass e John Hodiak é inteiramente desperdiçado como o escocês Brecan, transformado em índio Nez Perce. Mas o melhor mesmo é a presença impressionante de Ricardo Montalbán como o feroz Iron Shirt, ainda que o ator mexicano não tenha tido oportunidade, neste fime, de mostrar o excelente ator que era. A atriz Maria Elena Marqués, também mexicana, é tão bela quanto inexpressiva e suas melhores cenas são aquelas em que é dublada por Evelyn Finley nas cenas de ação. A ressaltar ainda a estréia no cinema de Timothy Carey e a presença de Frankie Darro, pequeno herói de tantas aventuras infanto-juvenis no cinema. Como não poderia deixar de ser o filme é todo de Clark Gable que deve ter feito todas as exigências que sua condição de grande astro lhe permitia. Pena que sua performance em “Assim são os Fortes” não corresponda à sua fama. A transformação de seu personagem de um caçador duro e oportunista para o homem vulnerável e apaixonado pela nativa é inconvincente por fugir do modelo com que Gable se tipificou. E lamento ainda maior fica por conta da Metro-Goldwyn-Mayer que massacrou o filme de Wellman com a mesma fúria com que os gananciosos brancos massacraram através da história os nativos norte-americanos.

Acima John Hodiak e Jack Holt (pai de Tim Holt); abaixo Gable em duas cenas.


29 de agosto de 2012

CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE BARRY SULLIVAN, ATOR A QUEM FALTOU SÓ CARISMA



Os fãs de faroestes lembram-se bem de Barry Sullivan, ator que em sua longa carreira que abrangeu quase cinco décadas, participou de muitos westerns. Barry Sullivan teve o principal papel masculino em “Dragões da Violência”, faroeste de Samuel Fuller que adquiriu o status de cult. Nesse western Sullivan atuou com Barbara Stanwyck, com quem já havia contracenado também em “Até a Última Bala” (The Maverick Queen). Esses dois filmes são significativos exemplos da carreira de Barry Sullivan, um ator quase sempre à sombra dos grandes astros.

Jovens atores na Broadway: Clift e Sullivan.
NO PALCO COM MONTY CLIFT - Patrick Barry Sullivan nasceu no dia 29 de agosto de 1912 em Nova York, cidade em que seu pai era funcionário público. O pai de Barry muito se esforçou para que, nos tempos da depressão, o filho estudasse Direito para se tornar um político. Na Universidade, porém, o jovem Barry que já atingira 1,91m de altura destacou-se mesmo no futebol americano e não nas letras jurídicas. Terminado o curso de Direito Barry trabalhou como vendedor numa loja e como ajudante num teatro da Broadway. Bem apanhado e com aquela imponente altura, Barry logo deixou de empurrar cenários e outras tarefas braçais para subir ao palco como ator. Estreou em 1936 na peça “I Want a Policeman” e a carreira de Sullivan no teatro continuou com outras duas peças que igualmente não fizeram sucesso. Em 1938 Barry Sullivan participou de uma quarta montagem que foi “Eye of the Sparrow” em um dos atores principais era um ator mais jovem que ele chamado Montgomery Clift. Essa peça teve apenas seis apresentações, sendo então cancelada por falta de público. Barry Sullivan pensou até em abandonar a carreira, o que só não aconteceu porque sua próxima tentativa como ator de teatro foi na montagem “O Homem que Veio para Jantar”, que com 739 apresentações permaneceu quase dois anos em cartaz. Numa das peças seguintes em que Barry Sullivan atuou (“Johnny 2 x 4”), em 1942, ele contracenou com uma jovem e magérrima atriz chamada Betty Bacall, que anos depois viria a se tornar a senhora Humphrey Bogart.

Albert Dekker e o elegante Barry Sullivan.
COWBOY DE BUTIQUE - Entre uma peça e outra em Nova York Barry Sullivan foi tentar a sorte em Hollywood e tudo que conseguiu foi uma pequena participação no seriado da Universal Pictures “A Volta do Besouro Verde”, de 1940, estrelado por Warren Hull (The Green Hornet) e Keye Luke (Kato). Três anos depois Barry Sullivan fez as malas e retornou a Los Angeles, desta vez disposto a encontrar um espaço na capital do cinema, entre outras coisas porque como ator de teatro em Nova York mal conseguia sustentar sua esposa e filho. Barry Sullivan havia se casado, aos 25 anos de idade, em 1937, com uma atriz chamada Marie Brown e o primeiro filho do casal, Johnny, sofria de doença mental. Simpático e com os requisitos físicos que Hollywood exigia, além da experiência em teatro, Barry Sullivan estreou para valer em 1943 em “Explosivo”, filme ‘B’ de ação, como terceiro nome do elenco. No mesmo ano Sullivan fez seu batismo no gênero western em “A Mulher da Cidade”, estrelado por Claire Trevor e Albert Dekker interpretando ‘Bat Masterson’. Nesse filme Barry Sullivan interpretou ‘King Kennedy’, um bandido tão bem vestido como os cowboys-cantores Gene Autry e Roy Rogers.

Primeira versão de "The Great Gatsby",
com Alan Ladd na piscina da mansão.
PREJUDICANDO ALAN LADD - Contratado pela Paramount, nesse estúdio Barry Sullivan fez seus filmes seguintes, entre eles “A Mulher que não Sabia Amar”, coadjuvando Ginger Rogers e Ray Milland, drama classe ‘A’. Em 1944 Sullivan contracenou pela primeira vez com Alan Ladd em “Nunca é Tarde”, e seu nome vinha em quarto lugar nos créditos, atrás dos nomes de Ladd, Loretta Young e Susan Hayward. Seguiram-se algumas comédias mas percebia-se que o olhar um tanto sinistro de Barry Sullivan era ideal para suspenses e policiais. Vieram então títulos como “Delírio”, “O Segredo de uma Mulher” e “O Gângster”, em que desempenhou o papel-título, liderando o elenco. Emprestado à Columbia, Barry atuou em “Paula”, policial noir estrelado por Glenn Ford. Em 1949 Barry Sullivan atuou em nada menos que quatro filmes sendo que o mais importante deles foi “Até o Céu tem Limites” (The Great Gatsby). Quinto nome do elenco nesse drama de sucesso escrito por F. Scott Fitzgerald, Barry Sullivan declarou que havia certa dificuldade quando ele contracenava com Alan Ladd, principal galã da Paramount. Devido à diferença de quase 30 centímetros na altura dos dois atores, o estúdio exigia que fosse colocada uma plataforma na qual Ladd subia e disfarçava sua pequena estatura.

Acima Barry Sullivan com Arlene Dahl e
Joel McCrea; abaixo com Broderick Crawford,
à esquerda e com Kirk Douglas.
ESPEZINHADO POR KIRK DOUGLAS - Nesse ano de 1949 Barry Sullivan estrelou o faroeste “O Último Malfeitor” (Bad Men of Tombstone), interpretando o bandido regenerado ‘Tom Horn’ e com Broderick Crawford como o bandidão verdadeiro. O nome de Barry Sullivan sempre oscilou nos créditos, por vezes aparecendo acima dos demais nomes e também como coadjuvante, o que era garantia de bom desempenho, muitas vezes melhor que os dos principais astros do filme. E foi como coadjuvante que Sullivan atuou em “Sangue de Bravos” (The Outriders), western com Joel McCrea em que ambos são ex-confederados que escoltam uma caravana. Chegando a atuar em até quatro filmes por ano, Barry Sullivan podia ser visto em qualquer gênero, mesmo em musicais como “Romance Carioca”, “Amor Vai, Amor Vem”, “Os Três Xarás” e “Eva na Marinha”, todos da fase de Barry Sullivan na MGM. Em 1951, outro western na carreira de Barry, como coadjuvante em “Inside Straight” com David Brian e Arlene Dahl nos papéis principais. Em 1952, também na MGM, Barry Sullivan atuou em “Assim Estava Escrito”, excepcional drama de Vincente Minnelli sobre os bastidores do cinema. Barry Sullivan teve elogiado desempenho interpretando um diretor que sofre nas mãos do inescrupuloso chefe de estúdio Kirk Douglas.

Cena de "Julie": Louis Jourdan, Doris Day,
Ann Robinson e um atento Barry Sullivan;
abaixo Barry beijando Claudette Colbert.
O PREFERIDO DAS GRANDES ATRIZES - Em 1953 Barry Sullivan filmou pela primeira vez ao lado de Barbara Stanwyck, no drama “Vida Contra Vida”, de John Sturges. Tornou-se uma constante na carreira de Barry Sullivan ele ser escolhido para secundar grandes estrelas, aquelas que exigiam sempre seus nomes nos créditos antes mesmo do título do filme. Barry Sullivan já havia atuado com outras atrizes famosas como Lana Turner, Loretta Young, Greer Garson, Bette Davis e Joan Crawford e todas gostavam de contracenar com ele pois não se sentiam ameaçadas. As próximas atrizes de renome que contracenariam com Sullivan seriam Claudette Colbert e Doris Day, respectivamente no western “O Drama de uma Consciência” (Texas Lady) e no suspense “Julie”. Neste último Barry é o amigo que ajuda a aterrorizada Doris Day, esposa do maníaco Louis Jourdan. Pode-se dizer que a carreira de Sullivan desenhou-se da seguinte maneira: em filmes de produção barata ele era o astro; em produções mais elaboradas e caras ele passava à condição de coadjuvante. Foi o que aconteceu no grande sucesso de bilheteria “Comandos do Ar”, de Anthony Mann, com James Stewart.

Barry Sullivan com Katy Jurado, Mona Freeman, Dennis
O'Keffe; à direita Barry Sullivan com Barbara Stanwyck 
e Scott Brady, em pose para a publicidade.
O MELHOR WESTERN COM SAM FULLER - A década de 50 foi um período em que se produziu muitos faroestes e Barry atuou bastante no gênero. Barry se reencontrou com Barbara Stanwyck em “Até a Última Bala” (The Maverick Queen), western em que ‘Kit Banion’ (Barbara) cansada de ‘Butch Cassidy’ (Scott Brady) se apaixona pelo agente da Pinkerton Agency interpretado por Sullivan que por pouco não rouba o filme da grande estrela. Em “Pagaram com o Próprio Sangue” (Dragoon Wells Massacre), Sullivan interpreta um perigoso assassino e lidera o elenco desta produção da Allied Artists. Sem dúvida o melhor dos faroestes de Barry Sullivan foi “Dragões da Violência” (Forty Guns), em que pela última vez contracenou com sua amiga Barbara Stanwyck. [Ler mais sobre esse filme na resenha postada neste blog.] No drama “Herança de um Forçado” (The Way to the Gold), Barry interpreta um policial e Jeffrey Hunter um ex-prisioneiro.

Barry Sullivan e Barbara Stanwyck, amigos na vida real.

Barry com Audie Murphy;
abaixo com Gita Hall.
VENCENDO AUDIE MURPHY - Acostumado a ser coadjuvante, Barry Sullivan atuou como galã de Lana Turner em “Vítima de uma Paixão”, drama que tinha no elenco um desconhecido ator escocês chamado Sean Connery. Nos pôsteres do lançamento do filme, em 1958, o destaque masculino é Barry Sullivan. Com o sucesso de Connery alguns anos depois como James Bond, o filme foi relançado e Barry Sullivan desapareceu do pôster, dando lugar a Sean Connery ao lado de Lana Turner. Coisas do cinema... De 1958 é também “Abutres do Mar”, refilmagem de “Lobo do Mar” em que Sullivan interpreta Wolf Larsen, personagem vivido anteriormente por Edward G. Robinson. Barry Sullivan havia se divorciado da primeira esposa depois de 20 anos de casamento e em “Abutres do Mar” conheceu a atriz Gita Hall com quem se casou e com quem viveria três anos. Dessa união nasceu a filha Patricia Sullivan. Barry Sullivan encerrou a década de 50 com o faroeste “Matar por Dever” (Seven Ways to Sundown”, estrelado por Audie Murphy, desta vez com uma estrela de xerife no peito. Quem dá trabalho ao xerife Murphy é Barry Sullivan interpretando estupendamente o bandido da história. Audie leva a melhor ao final, mas no quesito interpretação toma uma surra de Barry Sullivan.

Barry Sullivan e Clu Gulagher
‘PAT GARRETT’ NA TV - Barry Sullivan fez um hiato em sua carreira no cinema retornando à Broadway em 1954 para substituir Henry Fonda na peça “The Caine Mutiny Court Martial”. Apenas um ator muito conceituado poderia substituir o extraordinário Henry Fonda e Barry Sullivan não fez feio. A peça foi levada ao cinema e exibida no Brasil como “A Nave da Revolta”, com Humphrey Bogart no papel do neurótico oficial da Marinha. Atuando bastante também na TV, Barry Sullivan teve a oportunidade de estrelar série própria na televisão quando esta começava a vencer a guerra contra o cinema. Em 1960 Sullivan interpretou ‘Pat Garrett’ no seriado “The Tall Man”, em que tinha a companhia do ‘Billy the Kid’ interpretado por Clu Gulagher. A série teve 75 episódios, ficando no ar por duas temporadas sem que Pat Garrett matasse Billy the Kid, uma vez que na série caçavam juntos os bandidos. O que deu bastante publicidade ao seriado foram as brigas entre Barry e sua esposa Gita Hall, entreveros fartamente documentados pela imprensa, até que o casamento terminou em divórcio. Em 1962 Barry se casou novamente com Desiree Sumarra, atriz que nunca conseguiu destaque no cinema e de quem Barry se divorciou em 1965.

Barry Sullivan em "O Perigo Caminha ao meu
Lado" e com Robert Redford (acima); abaixo
com Scott Brady e Lon Chaney Jr. em
"Diligência para o Inferno".
BARRY COM NORMA BENGELL - Entre os muitos veteranos que atuaram nos westerns do produtor A.C. Lyles, esteve Barry Sullivan, que interpretando um sheriff liderou o elenco de “Diligência para o Inferno” (Stage to Thunder Rock). Ainda para Lyles Sullivan foi o primeiro nome do elenco de veteranos de “O Perigo Caminha ao meu Lado” (Buckskin). O incansável Barry Sullivan nunca deixou de ser requisitado e entre os principais filmes em atuou nos anos 60 estão “Chama Ardente”, com Carol Linley e “Shark”, dirigido por Samuel Fuller. Barry Sullivan atuou em “O Planeta dos Vampiros”, uma sci-fi à italiana, contracenando com a nossa Norma Bengell na fase européia daquela que foi uma de nossas maiores estrelas. Sullivan retornou ao faroeste no grande sucesso “Willie Boy” (Tell them Willie Boy is Here), com Robert Redford e Robert Blake como ‘Willie Boy’. Em 1969 Barry Sullivan estrelou um western feito para a TV intitulado “Esta Terra Selvagem”, com George C. Scott no elenco.

Barry Sullivan como 'Chisum'
‘CHISUM’ COM SAM PECKINPAH - Na década de 70 Barry Sullivan passou a aparecer muito mais na televisão que no cinema, merecendo destaque sua pequena participação como ‘Chisum’ em “Pat Garrett e Billy the Kid” de Sam Peckinpah. Em algumas versões desse western o personagem de Barry Sullivan simplesmente desaparece, cortado na sala de edição para encurtar o filme. O próximo faroeste do qual Sullivan participou foi “Cavalgada Infernal” (Take a Hard Ride), co-produção espanhola-norte-americana, com Jim Brown e Lee Van Cleef. Vieram depois o suspense “Destinados a Morrer” (com George Kennedy) e o filme-catástrofe com elenco estelar que foi “Terremoto”, com Charlton Heston. Em 1977 Barry Sullivan interpretou um bispo no retumbante sucesso “Alguém Lá em Cima Gosta de Mim”, com George Burns e o cantor John Denver. Anthony Quinn, três anos mais novo que Barry Sullivan, fazia filme atrás de filme em todas as partes do mundo. Um deles foi o filme de aventura “Caravanas”, filmado no Irã pré-Khomeini e com Barry Sullivan no elenco. Este filme de 1978 poderia ter sido a despedida de Barry Sullivan do cinema, mas o veterano ator faria ainda, em 1987, uma pequena participação no filme canadense “The Last Straws”.

Barry Sullivan, no centro, no casamento da filha Patsy:
Gary Webb,irmão de Jimmy com o neto de Barry
no colo, Patsy e o esposo Jimmy Webb; abaixo o
genro Jimmy Webb com Richard Harris; a filha Patsy.
O CARISMA QUE FALTOU - Barry Sullivan teve três filhos. Do primeiro casamento são Johnny, deficiente mental e Jenny Sullivan que se tornou escritora e foi casada com o roqueiro Jim Messina (Buffalo Springfield e Poco). Do casamento de Barry com Gita Hall nasceu Patricia Sullivan, que aos 12 anos de idade era modelo-infantil, conhecida como Patsy Sullivan. Mais tarde Patricia se casou com o compositor Jimmy Webb, autor de clássicos como “By the Time I Get to Phoenix”, “Up, up and Away”, “Wichita Lineman”, “Galveston” e do mega-hit “MacArthur Park”, sucesso principalmente na voz do ator Richard Harris. Patsy e Webb deram seis netos a Barry Sullivan que, retirado do cinema, tornou-se escritor vindo a falecer em sua casa em Sherman Oaks, na Califórnia, no dia 6 de junho de 1994, aos 82 anos de idade. Ótimo ator e querido no mundo do cinema, o que teria faltado para Barry Sullivan ter sido um astro de primeira grandeza? A resposta só pode ser que Barry não possuía aquela coisa chamada carisma, indispensável para que o público fizesse dele outro Clark Gable ou Gary Cooper.

Barry Sullivan em várias poses e com Marilyn Maxwell.


27 de agosto de 2012

SÉRIES WESTERNS DE TV - CARAVANA (Wagon Train), A SÉRIE PREFERIDA DA AMÉRICA


“Caravana de Bravos” (Wagon Master) é um dos menos conhecidos entre os grandes westerns de John Ford. Esse singelo filme não foi bem nas bilheterias e muitos fãs de faroestes sequer o conhecem. “Caravana de Bravos”, no entanto, inspirou uma das mais importantes e bem sucedidas séries westerns de TV, que foi exibida por muitos anos no Brasil com o título “Caravana” (Wagon Train). Conquistando enorme audiência nos primeiros anos de exibição, a série transformou em ídolo nacional o veterano ator Ward Bond, algo que ele não havia conseguido em quase 40 anos de carreira.

Ward Bond e Robert Horton

O Major Seth Adams (Ward Bond)
WARD BOND, O LÍDER DA CARAVANA - Assim como no filme de John Ford, os episódios de “Caravana” mostram a grande odisséia dos pioneiros que haviam saído de St. Joseph, no Missouri, passando pelas Montanhas Rochosas e pelas pradarias, rumo à Califórnia. A série transcorria no período pós- Guerra Civil e o que não faltava no trajeto eram dificuldades de toda ordem: ataques de índios e de bandidos salteadores, doenças e a própria natureza que muitas vezes se tornava inimiga da caravana.  Produzida pela Revue Productions, braço da Universal Internacional para séries de TV, “Caravana” foi exibida inicialmente pela rede NBC, com o primeiro episódio de uma hora sendo apresentado no dia 18 de setembro de 1957. Esse episódio foi intitulado “The Willy Moran Story” e teve como ator convidado Ernest Borgnine interpretando o personagem-título. Tornou-se uma constante na série a construção de títulos de episódios na forma “The ... Story” destacando sempre um personagem nos episódios que tinham uma hora de duração e eram filmados em preto e branco. Os produtores não pensaram em outro ator que não fosse Ward Bond para interpretar o líder da caravana, o ‘Major Seth Adams’, repetindo sua criação para o filme de John Ford. Para atrair o público mais jovem foi contratado Robert Horton, ator então praticamente desconhecido, interpretando ‘Flint McCullough’, o mestiço batedor da caravana. Outros personagens fixos de “Caravana” eram o cozinheiro ‘Charlie Wooster’, interpretado por Frank McGrath e o vice-líder da caravana ‘Bill Hawks’, vivido por Terry Wilson.

Robert Horton e
John McIntire
ROBERT HORTON E JOHN McINTIRE - Logo após os primeiros episódios Robert Horton passou a receber mais correspondência dos fãs que Ward Bond e ambos disputavam cena a cena para saber quem era a estrela maior da série. O nome de Ward Bond vinha antes do nome de Horton nos créditos e até isso gerou disputa entre ambos, disputa vencida por Ward Bond que teve sempre seu nome à frente do nome de Horton, isto até sua morte. Na primeira temporada (1957-58) “Caravana” ficou na 15.ª posição na preferência do público telespectador, segundo as pesquisas do respeitado instituto Nielsen Ratings. Nas três temporadas seguintes “Caravana” obteve sucessivamente a segunda colocação, atrás apenas de “Gunsmoke”. No início da quarta temporada Ward Bond faleceu, aos 57 anos de idade, e a produção contratou o veterano ator John McIntire para ser o novo líder da caravana, intepretando o personagem chamado ‘Christopher Hale’. Com a mudança o nome de Robert Horton passou a ser o primeiro na apresentação dos créditos da série. Na temporada seguinte (1961-62), “Caravana” assumiu a primeira colocação entre as séries westerns, segundo o Nielsen Ratings, o que não foi suficiente para manter Robert Horton no elenco. Horton abandonou a série, recusando altíssimo salário, preferindo estrelar na Broadway o musical “110 in the Shade” que permaneceu um ano em cartaz com 330 apresentações. Em 1965 Robert Horton retornou à TV para protagonizar a série “A Man Called Shenandoah”, que durou apenas uma temporada.

Denny Miller e Robert Fuller
ROBERT FULLER E DENNY MILLER - Mesmo antes da saída de Robert Horton, um outro batedor chamado ‘Duke Shannon’ fazia parte da caravana. Quem interpretou o novo batedor foi Denny Miller, que em 1959 havia se tornado o primeiro Tarzan louro do cinema na refilmagem de “Tarzan, o Filho das Selvas”. Para substituir Robert Horton foi contratado Robert Fuller, ator que havia feito sucesso com a série “Laramie”, série que foi cancelada em 1963 após quatro temporadas de exibição. O personagem de Fuller era o do batedor ‘Cooper Smith’. Robert Fuller ficou na série por duas temporadas apenas, preferindo se dedicar mais ao cinema, onde atuou nos faroestes “Pistoleiro Sem Alma” e “A Volta dos Sete Magníficos”.

Acima um carroção curto e um mini-carroção;
abaixo o tradicional Conestoga.
ALTERAÇÕES NO FORMATO - “Caravana” começou a perder audiência com as mudanças no elenco, o que provocou alterações estruturais na série. Ocorreu a mudança de rede exibidora, passando da NBC para a ABC com os episódios sendo produzidos em cores e com 90 minutos e duração, o que tornava cada episódio praticamente um filme de longa metragem. Mesmo assim a audiência não foi recuperada e a série voltou na temporada 1964-65 ao formato de uma hora de duração em preto e branco. Em 2 de maio de 1965 foi exibido o último episódio da oitava temporada de “Caravana”, episódio intitulado “The Jarbo Pierce Story”, com Rory Calhoun interpretando o personagem-título. A 9.ª temporada deixou de ser produzida e a série foi cancelada. Cancelada mas não esquecida pois vendida para uma das empresas que atuavam como ‘syndication’, voltou a ser exibida com os diferentes títulos de “Major Adams, Trailmaster” e “Trailmaster”. Um detalhe interessante é que a série “Caravana” não utilizava carroções do tipo ‘Conestoga’, e sim as carroças encurtadas, muito mais fáceis de serem movimentadas

Acima John Ford dirigindo o episódio "The Colter
Craven Story"; abaixo Ward Bond com Carleton
Young interpretando o médico bêbado Colter Craven.
DIRECTED BY JOHN FORD - Ward Bond, escolhido para interpretar o personagem principal de “Caravana”, havia não apenas atuado em “Caravana de Bravos”, de 1950, mas também em “A Grande Jornada”, o épico de Raoul Walsh estrelado por John Wayne. Vários diretores se revezavam na direção dos episódios de “Caravana” e, a pedido de Ward Bond, John Ford dirigiu um episódio intitulado “The Colter Craven Story”, um dos melhores de toda a série, exibido em 23 de novembro de 1960. O diretor trouxe praticamente toda sua ‘Ford Stock Company’ para compor o elenco que tinha Ken Curtis, Cliff Lyons, Chuck Hayward, Chuck Roberson,  John Carradine, Anna Lee, Jack Pennick, Hank Worden, Paul Birch, Willis Bouchey e Carleton Young como o medico ‘Colter Craven’. Numa ponta como o General William Sherman participou o grande amigo de Ward Bond chamado John Wayne. ‘Colter Craven’ é um médico traumatizado pelas tantas pessoas que viu morrer durante a Guerra Civil, muitas delas sob seus cuidados, tornando-se então alcoólatra. Juntando-se à caravana Craven nega-se a fazer uma cesariana devido a seu problema com a bebida. O Major Seth Adams conta então a Craven que conhecera um homem chamado Ulysses S. Grant que, subjugado pelo pai dominador se transformara num bêbado. Ulysses lutou contra o alcoolismo e chegou a presidente dos Estados Unidos. Carleton Young é um ator que entrou para a história por ter dito a famosa frase ‘Print the legend’, em “O Homem que Matou o Facínora”.

Lee Marvin e Lon Chaney, Jr.
LEE MARVIN EM DOIS EPISÓDIOS - Curiosamente, na 4.ª temporada, antes da série ser filmada em cores, foram rodados cinco episódios em cores, que foram “The Kitty Albright Story”, com Polly Bergen; “The Jeanne Douglas Story”, com Carolyn Jones; “The Lizabeth Ann Calhoun Story”, com Dana Wynter; “The Lonnie Fallon Story”, com Gary Clarke; e “The Amos Billing Story”, com Paul Fix. A razão do uso da cor era para promover o lançamento de um novo televisor da RCA. Lee Marvin atuou em dois episódios de “Caravana”, o primeiro em 1960, intitulado “The José Morales Story”, interpretando o bandido mexicano José Morales e ainda com a participação de Lon Chaney Jr.; em 1961 Lee Marvin participou do episódio “The Christopher Hale Story”. Nesse episódio Lee Marvin é ‘Jud Benedict’, o líder da caravana apresentando John McIntire que passaria a ser o novo wagonmaster ‘Christopher Hale’.

Frank McGrath e Terry Wilson
FRANK MCGRATH E TERRY WILSON - O tema de abertura de “Caravana” foi mudado algumas vezes, sendo que na primeira temporada foi utilizado o tema “Wagon Train” de autoria de Henry René-Bob Russell. Na segunda temporada passou a ser tocado “Roll Along Wagon Train”, de autoria de Sammy Fain-Jack Brooks. Para a terceira temporada o tema de abertura utilizado era “Wagons Ho!”, de autoria de Jerome Moross, que não mais foi mudado. Frank McGrath e Terry Wilson eram dois stuntmen (dublês) e por vezes atores que estavam no cinema há muito tempo e que se tornaram famosos com suas participações fixas em “Caravana”. Frank McGrath teve pequenas participações em clássicos como “Consciências Mortas”, “Sangue de Heróis”, “Legião Invencível”, “Flechas de Fogo”, “Caminhos Ásperos” e “Rastros de Ódio”, além de ter atuado também no original “Caravana de Bravos”, ao lado de Ward Bond. McGrath e Bond eram os responsáveis pelos momentos mais engraçados da série, com o irritadiço Major Seth Adams (Bond) sendo sempre contrariado pelo relutante cozinheiro Charlie Wooster (McGrath). Outro personagem que se incorporou à caravana durante a longa jornada foi o jovem ‘Barnaby West’, interpretado por Michael Burns.

Denny Miller, Robert Horton e Robert Fuller.
SÉRIE PARA TODA A FAMÍLIA - Dos atores de “Caravana”, o primeiro a falecer, em 1961, foi Ward Bond. Em 1967 foi a vez de  Frank McGrath deixar tristes os fãs de “Caravana” com seu falecimento. John McIntire faleceu em 1991 e Terry Wilson em 1999. Ainda vivem Robert Horton, com 88 anos; Robert Fuller, com 79 anos e Denny Miller com 78 anos. “Caravana” é um dos grandes clássicos da TV norte-americana, independentemente de gênero. “Caravana” era uma série com um mínimo de violência, no máximo uma sequência em cada episódio, com roteiros que privilegiavam o aprofundamento psicológico dos personagens. O sucesso de “Caravana” se deve a ter sido ele um programa para toda a família que se divertia e se emocionava com as aventuras dos pioneiros que foram os bravos responsáveis pela ocupação do país.

Imagem de Ward Bond como Major Seth Adams, parte da coleção
do Museu de Cera de Hollywood.
Acima à direita Robert Horton; abaixo Michael Burns, John McIntire,
Terry Wilson, Robert Fuller e Frank McGrath.



25 de agosto de 2012

WESTERNTESTEMANIA N.º 15 - ENFORCAMENTOS


O tema 'Enforcamento' sempre foi dos mais abordados nos faroestes e mocinhos
e bandidos já passaram pela terrível experiência de sentir uma corda no pescoço.
Neste Westerntestemania há uma dúzia de atores que viveram esse momento
em filmes. Alguns bastante conhecidos, outros menos e o leitor deverá colocar
a memória para funcionar e lembrar quem são esses atores e filmes.
Respostas no quadro abaixo.