UMA REVISTA ELETRÔNICA QUE FOCALIZA O GÊNERO WESTERN

27 de julho de 2014

TOP-TEN WESTERNS DO CINÉFILO MINEIRO PAULO ROBERTO DA SILVA



Paulo Roberto da Silva no cenário de
"Shane", seu western favorito.
Nascido em Resplendor, cidade situada no Nordeste de Minas Gerais, Paulo Roberto da Silva se mudou ainda garoto com a família para Belo Horizonte, mais exatamente para o bairro Salvador (Região da Glória) da capital mineira. O cinema mais próximo da casa de Paulo era o Cine Ivaí, na Avenida Ivaí que ficava no bairro Dom Bosco e para chegar até lá o menino Paulo tinha que caminhar dois quilômetros junto com o irmão mais novo. Mas valia à pena pois cada tarde de domingo era uma nova emoção assistindo aos emocionantes faroestes e filmaços como “Sansão e Dalila”. E a garotada vibrava também com Maciste e outros fortões que venciam a tudo e a todos. Esses filmes eram exibidos acompanhados pelos seriados e um dos que mais marcou Paulo foi “A Vingança de El Látego” (Man with the Steel Whip), o derradeiro seriado western da Republic Pictures, produzido em 1954. Uma pena que Paulo e seu irmão deixaram de assistir um ou outro capítulo pois não era todo domingo que eles conseguiam ir ao cinema. O jeito era pedir para um amiguinho contar o episódio. Ainda bem que havia a TV com as séries “Bonanza”, “Zorro” e “Rin-Tin-Tin” e mais os gibis para fazer Paulo esquecer do capítulo perdido do seriado. A família de Paulo mudou-se anos depois para o bairro Betânia, também em Belo Horizonte, onde Paulo passou a adolescência nunca deixando de frequentar os cinemas. Descobriu filmes como “Três Homens em Conflito” (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo), “Os Brutos Também Amam” (Shane), “Butch Cassidy” (Butch Cassidy and the Sundance Kid) e “Sete Homens e um Destino” (The Magnificent Seven), que o marcaram e o fizeram descobrir que o seu gênero de filmes preferido era o faroeste. Vendo o entusiasmo de Paulo pelos westerns, seu irmão mais velho lhe disse certo dia que melhor que todos aqueles era “O Último Pôr-do-Sol” (The Last Sunset), segundo o mano de Paulo “Um filmaço!”

Paulo cresceu e ingressou na Polícia Militar de Minas Gerais onde chegou à patente de Sub-Tenente, na qual passou para a Reserva em 2001. Mas para valer mesmo Paulo só se aposentou em 2012 pois por onze anos atuou na área administrativa da PMMG. Paulo nunca deixou de assistir filmes, especialmente faroestes, porém após a merecida aposentadoria passou a ver mais filmes que nunca. E entre um DVD e outro, quando vem a inspiração, Paulo escreve poesias que podem ser conhecidas no seu blog cujo endereço é: www.poetaacontemporaneo.blogspot.com (assim mesmo, com dois ‘as’). Seguidor do blog WESTERNCINEMANIA , Paulo Roberto da Silva relacionou os dez faroestes que considera os melhores que assistiu, comentando cada um deles. Além do Top-Ten Paulo listou um segundo Top-Ten (11.º a 20.º) com westerns que o autor também considera excelentes. Abaixo a lista de Paulo Roberto da Silva com os respectivos comentários feitos pelo próprio Paulo (em Itálico).


1.º) Os Brutos Também Amam (Shane), 1953 – George Stevens

Alan Ladd
O começo do filme já me arrepia, no primeiro contato do ‘mocinho’ Shane, Alan Ladd, quando o menino, Joey, na maior inocência faz um gesto de tirar a arma, um revólver de madeira, e o mocinho citado prepara-se para sacar seu revólver, gesto que assusta até a platéia, e o pai do menino assustado, pede calma. Cito de imediato, o dia em que Alan Ladd e Van Heflin pegam de empreitada aquele tronco de árvore com uma raiz enorme, nota-se um companheirismo e interesse de participar das dificuldades vividas pela família. Lindo também a paixão do menino pelo mocinho, o chamando carinhosamente, de "Shane", repetidamente. Momento marcante pra mim, que me faz assistir novamente, sempre que me lembro de “Os Brutos Também Amam” é quando da luta no bar em que o menino está perto da porta e, comendo um pirulito e, admirado com cada soco aplicado por Shane, seu herói, em Ben Johnson. Também o dia em que os dois, Shane e Starret, lutam no terreiro, para impedir que Starret, vá ao encontro do pistoleiro. A esposa, Marian, segura a mão de Shane, e não sabe expressar "o verdadeiro sentimento" por Shane, e só agradece. O final com o duelo Alan Ladd contra Jack Palance (Jack Wilson), pistoleiro vestido de preto, famoso, já conhecido por Shane, e matava mesmo. Que duelo! Troca de tiros e o menino, ainda ajuda Shane a matar mais um bandido. Cito o final, muito triste, emotivo, momento em que mesmo ferido Shane vai embora. Mesmo sendo implorado pelo amor de Joey, que soa como o pedido de um filho ao pai, "Shane, Shane, Shane, volte, ele grita. Este é sem dúvidas, para mim, o 1.º lugar. No final dá vontade de chorar... de verdade.

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2.º) Meu Ódio Será Sua Herança (The Wild Bunch), 1969 – Sam Peckinpah

Ben Johnson e Warren Oates;
William Holden e Ernest Borgnine
Este é outro filme pelo qual sou apaixonado, a começar pelo tiroteio no banco, tiros com impactos violentos, vidros quebrando, pânico na rua. A citar ainda as crianças encurralando escorpiões e formigas em uma roda de fogo. Cito de interessante, a decepção do bando comandado por William Holden (Pike) ao perceberem que foram passados para trás e as moedas de ouro que imaginavam, não passavam de arruelas sem valor algum, sendo taxado de velho, sem condições de comandar o velho bando, fato, quando cai do cavalo, sem habilidades. Holden, não aceita as ameaças, mas quando foi questionado pelo Velho, que tomava conta dos cavalos do bando, sobre um neto dele, que havia participado do assalto e, indicado por ele, o Velho quis saber, se o rapaz tinha se saído bem em sua primeira participação com o grupo no assalto. Holden se lembrou que havia deixado para trás o rapaz, dentro do banco tomando conta de algumas senhoras e clientes, sendo que o rapaz morreu no confronto com Ryan e o Sr. Regan. Holden, se calou, pois não sabia o desfecho dos fatos, depois disse que o rapaz "foi bem", faltando com a verdade, que ele defendia. Cito, logo a seguir, quando o companheiro do bando, o mexicano, convida o grupo de amigos a irem à aldeia. Então ele pede respeito aos seus familiares. Bonito. Eles bebem muito, dançam, cantam, namoram, mas sem nenhuma violência. Muito respeito e ética, coisa incomum a bandidos naqueles tempos. E ali ainda a notícia de que a noiva do mexicano havia fugido do vilarejo com um famoso pistoleiro (General Mapache). Sem opções de praticar um grande golpe, viram como oportunidade entrar no bando de Mapache. Quando se apresentaram foram até bem recebidos, por Mapache. Porém, não esperavam a atitude do amigo mexicano que, ao ver ali à sua frente, a sua ex-noiva, fugitiva, se abrindo aos sorrisos sentada no colo de Mapache e faz um inesperado disparo e mata a amante do General, sua ex noiva. A cena foi tão inesperada que não canso de assisti-la. Cito também, a cena quando o exército dos mexicanos vão receber as armas do assalto, pelo grupo de Holden e pensaram que iriam se apossar das armas e dominar o bando, mas percebeu que uma moderna metralhadora estava pronta pra varrer todo o exército mexicano e, uma dinamite já acesa, sem graça, e com medo de atrapalhar a negociação disse; "por favor, corta a mexa”. A cena em que Mapache, recebe a metralhadora de presente, Mapache não soube manusear a metralhadora e foi um desastre total. Cena maravilhosa quando eles retornam para resgatar o mexicano preso e todo machucado e o General fala que vai entregá-lo e corta lhe o pescoço, decepando-o. Nova tensão e inicia-se o confronto em que Holden atira no General. E começa a matança. Um final esplêndido, um massacre perfeito, incluindo a chegada dos carniceiros, caçadores de recompensas, que até brigavam para limpar os corpos dilacerados de mexicanos e do bando de Holden. Adoro o final quando repete o momento em que estão com um litro de whysky, passando de mão em mãos, e deixando o amigo, Gorch (Warren Oates) sem uma gota, com a garganta seca e todos dando gargalhadas. Agora todos mortos. E saber que ele, Ryan ( Torton ). nos bons tempos fazia parte daquele bando. É demais... Longo, mas completo, as cenas se encaixam como peças em um tabuleiro. E, antes que me esqueço, a música La Golondrina, cantada por todo o povo da Aldeia do mexicano na despedida deles. Cito sobre o Velho, que era o mais indesejado do grupo, rechaçado por Ben Johnson (Tektor) o Velho disse um dia, quando Tektor, jogou contra ele uma dinamite acesa, "Chega de humilhação, um dia vou superar você" e Tektor diz, "Velho, você nunca vai me superar", e sempre zombava do Velho. Pois, no final o Velho fica sendo o chefe do bando com outros parceiros e convida Thorton (Ryan), para participar do bando, e saem juntos cavalgando, sendo cumprido o que o Velho havia lhe falado. Perfeito o filme, os atores, os melhores, a citar, Ernest Borgnine, antes que eu me esqueça.

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3.º) Onde Começa o Inferno (Rio Bravo), 1959 – Howard Hawks

Ricky Nelson, John Wayne e Dean Martin
Filme dos melhores, assisti a primeira vez na tv, como “Rio Bravo”. Aí gravei na mente, “um dia, vou comprar”. E só tenho a dizer que é maravilhoso, contando que é envolvente e, cheio de ação. Cômico quando tinha que ser. Já na primeira cena no bar, o cartão de visita, se vê que o filme vai ser bom. O personagem de Dean Martin, Dude, um bêbado, auxiliar do xerife, John Wayne (John T), é perfeito. Vivi na pele, situação igual, e consegui me livrar do alcoolismo aos 30 anos, mas dos 18 até paralisar, foi muito sofrimento, sem motivos aparentes, mas mudei a minha vida. Por isto cito a importância do personagem, ele por amor de uma mulher. A firmeza de John Wayne, como xerife. A batida no saloon, quando perseguiam o pistoleiro do bando de Burdette, que estava pingando sangue, um tiro certeiro e uma queda maravilhosa. Gosto da cena em que Dean Martin, o Velho Stumpy e o Garoto Ricky Nelson estão na delegacia cantando. Eu antes de assistir ouvia falar em Dean Martin como cantor, lindo este momento do filme. Destaca-se o Velho doido Stumpy quando o bando tenta resgatar o preso Joe na delegacia. Ele mostra que é de utilidade, mesmo sendo velho e com problemas nas pernas, sendo chamado de aleijado. Interessante, ele estar sempre esperando um reconhecimento de seu trabalho e participação como ajudante do xerifado. Mas o xerife não deixa transparecer e o velho não percebe que, quanto mais ele lhe exige nas tarefas, mais ele está sendo útil e valorizado. No resgate de Dude, na fazenda do bando, mesmo sendo deixado para trás o velho comparece e foi de enorme utilidade, atirando e jogando as dinamites, um cena pra fechar esse grande filme. As cenas de romance são um presente para John Wayne, com a linda atriz, Angie Dickinson...fechou.

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4.º) Butch Cassidy (Butch Cassidy and the Sundance Kid), 1969 – George Roy Hill

Paul Newman e Robert Redford
Falar dessa dupla maravilhosa, Paul Newman e Robert Redford, é prazeroso. E nesse filme eles dão aula. A cena inicial em que Sundance Kid, mostra ao jogador de baralho como sacar rápido, espanta e, se vê que é clássico que se vai assistir. E assim também seguem as cenas da luta de faca com um dos comparsas do Bando de "Buraco na Parede" e ele acaba, em segundos, vencendo a briga sem arma e o assalto ao trem, com uso de dinamites, um bando destemido. Linda passagem, quando estão na casa, os dois amigos gostam da mesma mulher, sem dúvida. Etta Place, boa parceria. Lindas músicas no meu tempo compramos os discos, curtíamos as músicas. A fuga deles é linda, porém a persistência dos homens contratados para matá-los é incansável. Cito em especial o assalto quando eles chegam à Bolívia, em que ao chegarem no banco para assaltar, não sabiam que os funcionários não falavam inglês. tiveram que voltar e treinar algumas palavras, com a ajuda da amiga Etta. Tem a emboscada quando estão trabalhando de segurança para o velho na Bolívia, o uso da câmera lenta e a chuva de balas. É fenomenal o cerco que é feito para pegá-los, um exército boliviano e os perseguidores da América. É triste vendo-os tombar, sem se entregarem, num final que poderia ser evitado se eles tivessem decidido voltar para a América junto com Etta Place que voltou sozinha. Triste fim, mas, segundo a história, verdadeiro.

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5.º) No Tempo das Diligências (Stagecoach), 1939 – John Ford

John Wayne
Filme que marca pela viagem dos passageiros, cada qual com um objetivo e, seus problemas particulares. Como disse o Médico passageiro da Diligência (bêbado e rejeitado): "Somos um grande mal chamado prejuízo social", diz a outra passageira, Dallas, expulsa da cidade. O filme nos leva a participar como passageiro e, viver as situações ali na Diligência. Veja o médico, Doc Boone, com todo seus problemas e, constante estado de embriagues, faz o parto de uma das passageiras, e ganha o respeito do grupo. O que não acontece com um banqueiro, Sr. Gatewood, que estava fugindo com o dinheiro dos depósitos de seu banco, sendo preso ao chegar ao destino, Lordsburg, onde foi desmascarado o seu golpe. O ataque dos índios, comandados pelo destemido Gerônimo, bem filmado, considerando os recursos da época. As vezes, vemos as mulheres expostas (com a criança no colo) dentro da diligência. Dá vontade de gritar "cuidado", tal é o perigo, na cena. Engraçado a cena na taberna, em que o mexicano, dono do estabelecimento, acorda todos de surpresa, alegando que sua esposa havia sumido, e fugido com outro mexicano, e ainda, com a égua de estimação. Ele disse; "Outra esposa é fácil de encontrar, mas a égua, não”. Bom mesmo é ver John Wayne (Ringo Kid), tão novo e grande ator. Quando se põe a ajudar com sua experiência de pistoleiro a defender a diligência do ataque dos índios, com tiros perfeitos e, montando um dos cavalos para pedir ajuda ao exército, mesmo se encontrando preso e, disposto a cumprir sua pena. Mas, ele estava mesmo era querendo vingar a morte de seu pai, contra Luke, e seus dois irmãos. Duelo final em que Kid, mata os irmãos pistoleiros, vingando seu pai morto por eles. Cena que não se vê, quando a mulher, Dallas, com quem prometeu casar, mesmo sabendo a vida pregressa dela, bares e prostíbulos. Ela desacreditada, de vê-lo vencer os três, após o tiros, vê Ringo, caminhando em sua direção. E, o comissário, que estava mantendo Ringo preso, para conduzi-lo ao presidio, entendeu, um dia, quando perguntou a Ringo, quantos anos tinha quando cometeu o crime a cumprir, sendo afirmado, com 17 anos, e lhe perdoou, deixando-o fugir com Dallas, sua amada. Muito bom mesmo. Clássico.

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6.º) Matar ou Morrer (High Noon), 1952 – Fred Zinnemann

Gary Cooper
Vi “Matar ou Morrer” a partir de quando descobri este blog, e adorei esta história do xerife, Will Kane, Gary Cooper, pela dificuldade para enfrentar três pistoleiros, sendo que o chefe, Sr. Miller, foi preso pelo xerife, e jurou vingança. Quando havia acabado de se casar e, retirado a sua estrela de xerife, se viu obrigado a retornar e assumir o cargo. pois sabia que onde fosse a ameça o acompanharia. Sua esposa Grace Kelly, não se conforma e o abandona querendo ir embora sozinha da cidade. O xerife fica sem apoio dos amigos, o Juiz, o auxiliar do xerife, ninguém. E, sua sina está marcada para as 12 horas e ele não consegue ninguém mesmo e, se vê em uma encruzilhada. Nem mesmo, Sra. Ramirez, Kate Jurado, ex namorada de Will, mas, também de Miller, não quer se envolver e, quer ir embora da cidade. Ele tenta ainda recrutar ex-auxiliares de xerife, ou mais alguns ex amigos, sem êxito, alguns escondem dele. Apenas um bêbado pensa em ajudá-lo. Os religiosos se reúnem na igreja, pessoas de bem e nada de ajuda, para enfrentar os pistoleiros. O bando aguarda na estação, a chegada de Frank Miller. O meu entendimento é que há muitos covardes, sem responsabilidades, pensam que, fugir do problema é o melhor meio para se livrar dele. Boa cena a luta com o ex-auxiliar dele. Vê-se que ele, Will, sabe que vai ter que defrontar sozinho com o bando, porém, faz questão de mostrar aos moradores que ele poderia morrer e, eles continuariam com as mesmas ameaças dos bandidos. Magnífico o final, o confronto com os quatros bandidos, pelos becos da cidade, ele um, em seguida, o segundo. de repente, ele escuta um tiro, e vê o terceiro bandido morto, (quem poderia estar lhe ajudando) e vê, a esposa tomada de refém. Ela se desvencilha do bandido, e o marido, Will, atira no chefe, Frank, acaba com o bando e cai nos braços da esposa e, abandona aquela cidade de covardes. Cito ainda, a música do filme, linda e usada para várias situações. Excelente interpretação de Gary Cooper, verdadeiro mocinho dos bang bang. Era matar ou morrer. E na vida, tem hora que nós nos encontramos nesta situação, sem tempo pra decidir.

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7.º) Sem Lei e Sem Alma (Gunfight at the OK Corral), 1957 – John Sturges

Kirk Douglas e Burt Lancaster
Um elenco de primeiríssima, tendo Kirk Douglas como Doc Holiday e Burt Lancaster como Wyatt Earp, Delegado. Ainda, Lee Van Cleff, Jak Elam, que eu gosto. A primeira cena de ação foi apenas um aperitivo com a morte precoce de Lee Van Cleff. Outra cena interessante é quando Ringo está com a mulher de Doc, dentro de casa, e Ringo desfia Doc, e joga-lhe um copo de wishky no rosto, a falta de reação dele, Doc se torna nossa, dá vontade de reagir pra ele. E outro bom momento é a chegada do bando de Pearce, com Ringo e o resto bando, atiram no xerife e, entram no saloon e aprontam a maior baderna. Wyatt, chega e Doc lhe dá cobertura na abordagem do grupo e desarmam todos, Ringo reage. É o que eu gosto de ver, igual ao duelo em Ok Curral, e a vingança de Doc contra Ringo. É triste o problema de Doc com o álcool e a tuberculose. Muito bom o filme e bons atores. Boa música.

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8.º) Era Uma Vez no Oeste (C’Era Una Volta Il West), 1968 – Sergio Leone

Charles Bronson e Henry Fonda
Esse filme é show. A começar pelos momentos de tensão na estação, a espera de Charles Bronson, e com Jack Elam, incomodado com aquele mosquito, e depois, já em seguida um duelo especial e Charles Bronson derruba os três pistoleiros que o esperavam. E, fiquei gostando da participação de Jason Robards, como Cheyenne, (que eu não conhecia como ator) chefe de um bando de pistoleiros, algemado e em fuga. E, a excelente participação de Bronson em busca de uma vingança de sua família, usando uma gaita que foi usada na boca de seu pai, numa forma de zombar e torturá-lo e enforcá-lo com a gaita. E matança da família do já então marido de Cláudia Cardinale, Sra. MacBain. Daí pra frente a parceria de Bronson e Robards, onde eles brincam de matar o bando de Henry Fonda, ou seja, ele fazia tudo para o patrão, Frank Wolff. E Bronson se vingou num duelo com o qual sonhava. E assim Henry Fonda, Robards e Bronson, que rondaram o amor de Cláudia, nenhum deles terminou ao lado dela. Triste foi Robards cair do cavalo, ferido, mas socorrido por Charles Bronson. Outra cena que marcou esse clássico do western é o resgate de Charles Bronson, o "Gaita" por Robards, dentro do trem, das mãos do bando de Fonda, momento cômico e importante do filme, pois, “Gaita”, não tinha saída. Eu penso assim: Bronson socorreu Robards e este morreu. Então o colocou no cavalo, o levou à casa de Cláudia para enterrá-lo e viver ao lado dela que era o desejo de Robards, que sabia que ela amava Bronson, o Gaita. E, foram felizes para sempre na casa da Estação que ele ajudou-a ter posse de direito. Foi sonho meu... Filmaço. A música no estilo de; "E o Vento Levou" Meu irmão mais novo é fã só deste.

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9.º) Os Profissionais (The Professionals), 1966 – Richard Broks

Lee Marvin
Meu irmão, dos mais velhos, me falava "Você tem encontrar é o filme ‘Os Profissionais’, você vai ver que filmaço. Aí gostei demais. Quando vi o homem, Sr. Grant, contratar quatro especialistas sendo eles; Burt Lancaster, Lee Marvin, Robert Ryan, Woody Strode, para uma missão de resgate de sua esposa, Cláudia Cardinale e, ainda Jack Palance, como, Raza, amante de Cláudia, pensei... "É desses que eu gosto". Já no começo gostei da cena da emboscada feita pelos mexicanos em que eles, experientes profissionais acostumados a andar por aquelas bandas, alertaram, para se prepararem para a tática do cumprimento com o chapéu e, foi aquela matança. Cena da cruz fincada de cabeça para baixo, em que Burt Lancaster fica amarrado de cabeça para baixo. Gostei muito quando a mesma "senha" foi usada também, na cena do vagão do trem, onde Robert Ryan foi tomado de refém pelo bando de Raza, e diz "Esqueci de trazer a cruz de cabeça para baixo". Só não entendo como eles conseguem tão rápido, sair do vagão com a refém, e já surgirem lá no alto do morro, enquanto Raza, ainda, os estão procurando. Já repeti milhares de vezes, e não concluí. Acho que é apenas truque. A cena da explosão do caminho para atrasar Raza. Gostei muito da cena em que Burt Lancaster fica para trás para confrontar com Raza e o bando. Ele vence, mas linda é a confissão de Raza quando fala de amor e ódio (recita uma poesia, comparando, revolução, amor e ódio) e diz "Sem amor, sem uma causa, não somos nada". Gostei muito quando Burt, contracena com Maria, do bando, ele que também pertenceu ao bando, lembra dela e dos tempos que conviveram. Cito a música que, nos toques de um piano, ela caminha com o filme, perfeitamente. Este também, completo.

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10.º) Três Homens em Conflito (Il Buono, Il Brutto, Il Cattivo), 1966 – Sergio Leone

Clint Eastwood
Nos anos 70 comentávamos o filme e, só se falava em “O Bom, o Feio e o Mal”, uma grande produção do cinema. No filme o destino de Lee Van Cleff, pistoleiro profissional e sargento do exército, Clint Eastwood, o Lourinho aventureiro e Eli Wallach, Tuco, ladrão e charlatão procurado por vários crimes, eles se cruzam numa briga de gato com rato. com um início violento por Lee Van Cleff, homem mau, cruel, que mata sem piedade. E os "amigos" gato e rato, encontram uma carruagem que foi atacada, e dentro vários mortos e um sobrevivente, Billy Carson, está morrendo e fala de 200,000 dólares em ouro escondido em um cemitério, e Tuco, escuta ele falar do cemitério, porém, o Lourinho, escuta o número do túmulo. Aí, entra a presença de Lee Van Cleff, que está na caça desse que morreu, Billy Carson. Ótimo também, é a tortura que o Tuco, sofre do Lee Van Cleff, quando ele querendo dar uma de esperto, disse que ele era o procurado Billy Carson, caçado por Cleff, pensando em descobrir mais dados dos 200,000 dólares. Então chegam ao momento melhor do filme que fez desse um dos melhores e fazendo de Clint Eastwood um ator de sucesso naqueles tempos, pelo menos, era o nome que mais se ouvia, nos bate-papos da turma no bairro. O duelo entre os três no cemitério foi o esperado e fechou. Antes de fechar meus pitacos, ‘A Música’, sim esta é "A Música". Pra mim a melhor de faroeste.

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Outros westerns que Paulo Roberto da Silva admira bastante são os que segue abaixo e que o autor lista na ordem subsequente:

11.º) O Homem que Matou o Facínora (The Man Who Shot Liberty Valance), 1962 – John Ford

Lee Marvin
Engraçado nesse filme é que, o bandido Liberty Valance,(Lee Marvin), domina como ator principal, nesse ótimo filme, que tem como atores "possíveis principais" John Wayne, (Tom) e James Estewart (Ransom) Senador, advogado, Governador. Ransom com sua esposa, volta ao oeste, para acompanhar o enterro de um amigo que lhe salvou da morte por duas vezes, Tom (John Wayne). Rance, relembra os fatos acontecidos. O assalto, quando chegava à cidade, era jovem em busca de sonhos. A Carruagem é assaltada e Rance, é agredido por Liberty, chefe de um bando de assaltantes e arruaceiros e, não respeita a lei. Porém, a Tom, tem certo respeito. Boa, a cena da encrenca criada por Valance, no bar, em que Tom, mete respeito encarando-o, para defender Rance. Porém, este é cidadão pacato, preocupado com os estudos dos Direitos dos cidadãos, e adiante será futuro Senador e governador do Estado. Lee Marvin, sim, traja-se com roupas de pistoleiro profissional, todo de preto com desenhos na blusa. Sua gang mete medo, Lee van Cleff é um dos bandidos. A cena marcante, é a que Valance, ameaça de matar Rance, e se encontram do lado de fora do bar. Depois, Rance, não podia concorrer a candidatura a Senador, por que havia matado Valance, e o bando pedia a prisão dele. Então, Tom confessa ter sido ele o autor do tiro disparado, que matou Valance, sendo que estava escondido e sabia que Rance, não teria condições de acertar o alvo, Liberty Valence, e atirou para matar, tombando-o. Hallie, ex namorada de Tom, casa-se com Rance, que a ensinou a ler. Interessante também, é a participação do xerife, Linky, conhecido de outros bons filmes. Destaco também, a cena em que, John Wayne, Tom, embriagado e, tomado pelo tédio, por perder o amor de Hallie, para Rance, ateia fogo na casa e, quase morre no incêndio, sendo salvo por Pompey, Woody Strode. Tom, sonhava casar-se com ela. Muito bom o filme mas, poderia ser melhor ainda. Gostei da presença de grandes atores.

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12.º) Tombstone – A Justiça Está Chegando (Tombstone), 1993 – George Pan Cosmatos

Val Kilmer, Sam Elliott e Kurt Russell
Assisto sempre que me lembro, bem filmado, atores modernos, Kurt Russell, (Earp), Val Kilmer, (Doc Holliday), bem colorido. Eu me considero amante dos filmes antigos, e dos atores e atrizes que formavam os elencos daqueles faroestes, mas, este caiu no gosto. Destaco o personagem, Doc, (Val Kilmer), excelente trabalho. E, ainda, o de Kurt Russell, (Wayt Earp) e Johnny Ringo, maravilhoso trabalho.E, a cena em que, no meio da rua, Johnny Ringo, atira no delegado .Doc domina a situação, Wyatt, age rápido, coloca os The Cowboys pra correr. Muita ação no confronto em que, o bando dos Cowboys, chegam na cidade para vingar a prisão de um dos amigos. Earp, manda entregar um rifle para Doc Holliday, excelente, o tiroteio. Tudo é bom nesse filme e moderno.

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13.º) Bravura Indômita (True Grit), 1969 – Henry Hathaway

John Wayne
Lindo este filme, em que John Wayne (Rooster Corgbun), Oficial de Justiça, a começar, pela passagem da cena em que a moça que contrata Cogburn, ao saber que estava sendo deixada para trás por La Boeuf e Cogburn, ela vai atrás deles e consegue ir junto na caçada do assassino de seu pai. A cena em que confrontam com o bando, Ned, na cabana( esconderijo ) boa. E, a que a moça, depara com o assassino de seu pai e não hesita em sacar o Colt que era de seu pai, e atira contra ele, ferindo-o e, presa pelo bando. Todo o desenrolar dessa cena é ótima, incluindo o duelo montado, vencido por Cogburn, e o socorro à moça. Muito bom, como eu disse, o remake, também foi bem feito, e moderno.

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14.º) Rastros de Ódio (The Searchers), 1956 – John Ford

Jeffrey Hunter e Natalie Wood escondida
O filme tem um início triste, com o incêndio na casa do irmão de Ethan (John Wayne), atacada pelos índios Comanches. E, o rapto de suas duas sobrinhas pelos índios. Em seguida, o confronto entre os Texas Rangers e os índios, dentro do Rio. Aí inicia-se a busca pela sobrinha que está nas mãos dos comanches. Cinco anos a procura de Debbie. O final é recheado de ação, como muitos gostam, guerra com índios e Ethan consegue resgatar a menina. Parece que, tentaram fazer um drama, numa especie de “E o Vento Levou”, mas, não tem nada a ver. Mas é bom de assistir sempre que se lembra de John Wayne. A briga entre os dois pretendentes ao casamento foi muito boa.

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15.º) Sete Homens e Um destino (The Magnificent Seven), 1960 – John Sturges

Yul Brynner
Bom início, Yul Braynner (Chris), Steve McQueen (Vin), confrontam com pistoleiros no enterro do índio. Os lavradores convencem Chris a contratar um grupo de homens para combater e acabar com o bando de Calvera, chefe do bando. Só bons atores, especialistas neste filme, James Coburn, Charles Bronson, Robert Vaughn, Eli Wallach, como Calvera. E os já citados acima. Destaca-se a cena em que fazem o primeiro confronto com o bando de Calvera, ótimo. E a cena em que durante as trocas de tiros, Charles Bronson é rodeado de meninos da Vila, que o escolhem num sorteio, para colocarem flores na sua sepultura, ele acha estranho a atitude dos meninos. E o dia em que eles foram expulsos, sem armas, do vilarejo pelo grupo de Calvera. Os Sete Magníficos decidem voltar e acabar com o bando, sem qualquer pagamento, e matam por prazer. Aí, vem o momento em que Bronson morre e é homenageado pelos meninos. Lindo, o Velho, da Vila agradecendo a eles, os comparando com o vento. Bom também... Dá pra assistir sempre, sem cansar. Em especial, a presença de Steve McQueen.

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16.º) Minha Vontade é Lei (Warlock), 1959 – Edward Dmytryk

Henry Fonda
Este também, um elenco dos bons. Henry Fonda(Clay), Richard Widmark (Johnny), Anthony Quinn (Morgan), Dorothy Malone (Lily). O filme inicia-se com o bando do McQuown, de pistoleiros e baderneiros expulsando o xerife, Thomson, da cidade de Warlok. Fonda, chega contratado para ser o delegado da cidade de Warlok e com a missão de acabar com os baderneiros, e colocar moral na cidade, principalmente, o bando do McQuown. Fonda tem Quinn, como parceiro, há mais de dez anos, e o contrato inclui ele como auxiliar e jogador no cassino. Acho todo bom esse western. Interessante o envolvimento entre Morgan e Clay e, o antigo namoro entre Lily e Morgan. E, ainda, o homem que morreu no assalto à carruagem, pelo Morgan. Se vê, o ciúme que Morgan tem de Clay, dá para se pensar muitos motivos (talvez, Clay, é  o que Morgan não pode ser. Por problemas físicos), por isso não pode viver sem Clay. Também a história de Johnny (Widmark) sobre a matança dos mexicanos, pelo bando. Cena marcante, o duelo com Billy, irmão de Johnny (xerife Widmark), com Morgan em apoio, Billy morre. O final, excelente, o duelo do xerife Johnny, contra o bando, ótimo. Depois Quinn, embriagado, perde para Fonda. E no final, um duelo que não poderia acontecer, encerra esse maravilhoso western. Eu conheci “Minha Vontade é Lei” através do Westerncinemania, e, assisti apenas três vezes, de dois anos pra cá. Fui bem indicado, obrigado.

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17.º) O Último Pôr-do- Sol (The Last Sunset), 1961 – Robert Aldrich

Kirk Douglas
Meu irmão gostava é desse, ele falava da filha gostar do pai, e quando assisti, fiquei maravilhado. Kirk Douglas (O´Malley), fugindo de ser preso por ter matado um homem no Texas, foge em busca de reencontrar uma ex-namorada no México. Mas, Dana Stribling, o xerife, Rock Hudson, está a procura dele, pois o homem que ele matou era seu cunhado. Muito boa a história do filme, um conto de amor, incluindo o amor de uma filha, 16 anos, Melissa (Carol Lynley) por Kirk e a mãe Dorothy Malone, ex de Kirk, com Rock Hudson. Durante a condução do rebanho ao Texas, os fatos vão se desenvolvendo, cheios de emoções. E, esse amor da ex, que kirk não cederá facilmente. A abordagem na taberna, que culminou com a morte do Sr. Breckenridge, muito boa esta cena. Gostei de de ver Kirk cantando “Paloma Blanca” e, em seguida a briga dos dois, a socos. E assim, era o cotidiano das cenas; Rock hudson, na areia movediça, o ataque do grupo de Jack Elam em meio ao vendaval de poeira, e o estouro do rebanho. A festa próximo à chegada, a dança dos vaqueiros, o sapateado. A música que Kirk, dança com a filha, linda. E a declaração de amor, incontido, da filha pelo pai, Kirk, e um beijo na boca. Porém, quando ele fica sabendo da verdade sobre Melissa, contado pela mãe, daquele amor impossível, só lhe resta uma saída no duelo ao pôr do sol. Morrer! Clássico inesquecível, de pai para filho e de irmão para irmão. E fora o cenário, das paisagens no começo no filme, que lugar próprio para um bang bang.

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18.º) Hombre (Hombre), 1967 – Martin Ritt

Pau Newman
O filme inicia-se com Hombre (Paul Newman) capturando cavalos e por sinal um lindo alazão, ensinado. A cena da viagem da carruagem lembra um pouco de “A Última Diligência”, com os passageiros com problemas e pensamentos diferentes. O assalto à carruagem, muito boa a cena da reação de Hombre e a surpresa de Richard Bonne, ser o chefe de um bando de assaltantes e estar dentro da carruagem como passageiro. Bom também a cena do confronto com o mexicano. É excelente a atuação de Paul Newman e a história linda. Um final espetacular, Hombre de coragem. A primeira vez que assisti foi um choque vendo o artista principal morrer, mas, ele acabou com o bando, recuperou o dinheiro dos índios e salvou os passageiros da carruagem. Eu li o comentário sobre “Hombre” aqui no WESTERNCINEMANIA  e concordo plenamente que merecia uma classificação entre os melhores. Mas ele já está classificado como um clássico do western. Não importa a posição.

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19.º) Renegado Vingador (Chato’s Land), 1972 – Michael Winner

Charles Bronson
A presença de Charles Bronson, como o índio Apache já me chamou a atenção, pois já era fã dos filmes com Bronson. E ainda, na juventude, um amigo havia me contado sobre uma cena de um filme com Bronson, que ele joga uma cobra contra um bandido, mas que ele não se lembrava, eu procurava e não encontrava. E vi nesse filme a cena que eu procurava. E, vi mais ainda, desde o começo, quando o Apache Bronson é humilhado no saloon e atira no xerife, matando-o, causando um alvoroço no vilarejo. A fuga causou a fúria dos moradores, que se organizaram em um grupo de 15 homens, aproximado, comandados pelo Capitão, Quincy (Jack Palance). O Apache, dá uma canseira neles, inclusive, furando os cantis de água, deixando-os numa região seca e de muito sol, muita poeira, exaustos e psicologicamente, desorientados. Analisei aquela situação do grupo a procura do Apache e os comparei com os passageiros do filme “A Última Diligência”, em situações diferentes, cada um expondo as suas dificuldades, seus passados, suas passagens por destinos diferentes, que os uniram naquele local com um só objetivo, caçar o Apache e enforcar aquele Mestiço que matou o xerife. Enquanto cavalgavam, se declaravam e comentavam de suas vidas e se comportavam como tal. Porém, eles não contavam com a experiência do Apache, seu conhecimento do terreno e como sobreviver naquele ambiente, alimentar e abrigar, para atacar com segurança. Cito, a cena em que estupram a mulher do Apache e queimam o índio, numa covardia sem controle. O Capitão Quincy perde o comando e o ódio do Apache aumenta ainda mais, tornando-se impiedoso com aqueles homens covardes, para vingar sua família, e tudo aquilo que estava vivenciando. E começa mostrar todo seu conhecimento, matando e sacrificando cruelmente todo o grupo de caçadores. Ora atirava nos homens, outra, atirava nos cavalos, desnorteando-os. Eles se perdem no comando e, se confrontam por desconfianças ou poder. Alguns o Apache mata, outros se matam, entre si e assim, ele vai eliminando o grupo de caçadores. Eles que, já haviam falado no começo do confronto "parece que a terra se abriu e dividiu”; “não se pode lutar contra o que não se vê”; “ele vai nos caçar um por um, até morrermos todos". E o último que sobra, é claro que não escapou... Sem dúvida. Por isso que esse também é Clássico. E o cenário... que lugar maravilhoso.

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20.º) Duelo de Titãs (The Last Train from Gun Hill), 1959 – John Sturges

Earl Holliman e Kirk Douglas
Um filmaço, com a classe categórica de Kirk Douglas e Anthony Quinn. E esse começa com dois rapazes que pegam uma índia e um garoto seu filho, em uma charrete, derrubando-a e, em seguida tentando estuprá-la e, matando-a. O garoto foge e conta a seu pai, o xerife da cidade, sobre o ataque, e entrega o cavalo do agressor. O xerife Matt ( Kirk Douglas) ao confirmar a morte da esposa índia vai atrás do assassino, filho de um poderoso fazendeiro, Anthony Quinn, (Sr.Belden) conhecido de outros tempos, ao qual devia um grande favor, por ter lhe salvado a vida certa vez. Mas Matt joga duro e não abre mão de prender o rapaz, Rick, filho do poderoso rancheiro. O filme fica melhor ainda quando Kirk, prende o rapaz dentro bar, ameaça seus amigos e se tranca dentro do quarto do hotel com o preso. Momentos de tensão, dentro do quarto e do lado do poderoso rancheiro, Sr.Belden, e seus empregados. Um deles coloca fogo no prédio e Kirk, se aproveita para fugir com seu preso. Com o cano da espingarda debaixo do queixo Kirk, conduz o preso até à estação. Uma multidão de pessoas da cidade e empregados do Sr. Belden seguem a condução do preso, numa tensão e curiosidade, em ver qual desfecho daquela atitude corajosa do xerife, em que todos contavam com a morte certa de Kirk, que estava desfiando o Sr. Belden e seu bando de perigosos bandidos. Momento em que surge o parceiro de Rick e ameaça atirar em Kirk e acerta o preso, seu amigo Rick, sendo que Kirk, reage e atira em Lee, matando-o. O Sr. Belden corre para o filho caído e baleado e vê que está morto. O rancheiro chama Kirk, para um duelo, culpando-o pela morte do filho, Kirk, não gostaria mas, não vê outra saída, e os dois, Kirk, e Quinn, se confrontam. Kirk, saca primeiro, e Quinn, o poderoso rancheiro que mandava na cidade e, em toda região, tomba sem vida, com um tiro certeiro. Esse é um filme que, sempre que se lembra vale assistir com prazer, pois tem um enredo que fecha de acordo com as consequências dos acontecimentos. E duas feras de primeira do faroeste.

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Tentei tirar algumas dúvidas ou evitar injustiças e revi “Vera Cruz” com Burt Lancaster, Gary Cooper, e mais uns três de primeira linha, “Sete Homens Sem Destino (Seven Men from Now) com Randolph Scott e Lee Marvin, “Winchester 73” com James Stewart e Dan Duryea e “Galante e Sanguinário” (3:10 to Yuma) com Glenn Ford e Van Heflin na condução do preso. Todos mereciam uma indicação. E muitos outros que não mencionei. Quando vou comprar um filme de western, se não achar o que eu procuro, se tiver qualquer um que não assisti, com Randolph Scott, ou Audie Murphy, se não for ótimo, pelo menos se vê um bom filme. Obrigado ao editor do blog WESTERNCINEMANIA por essa oportunidade, maravilhosa.

24 de julho de 2014

CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE WOODY STRODE, O GIGANTE NEGRO DO FAROESTE


John Wayne e Woody Strode e a cena
da carroça em disparada.
Durante as filmagens de “O Homem que Matou o Facínora” (The Man Who Shot Liberty Valance) John Ford torturava todos os dias John Wayne dizendo a ele que Woody Strode era um exemplar cidadão norte-americano pois havia lutado pela pátria na II Guerra Mundial. Como se sabe, John Wayne lutou apenas no cinema. E Ford ainda diminuía John Wayne dizendo a ele que Woody Strode havia sido um dos mais destacados profissionais de American Footbal atuando pela UCLA, enquanto John Wayne nunca passou de um mero amador. Chegou um momento em que Wayne se desesperou e, poupando seu mentor, dirigiu sua raiva e mágoa contra Woody que jamais havia sido descortês com o Duke. Wayne conduzia uma carroça em velocidade desnecessária e encontrava dificuldade para deter o cavalo. Woody por precaução tentou tomar as rédeas do Duke e este o afastou bruscamente com um soco. Quando a carroça enfim parou, Wayne partiu para cima de Woody Strode que adotou posição clássica de defesa com os punhos fechados. O gigante negro era ainda maior que o Duke, mais novo e estava em excelente forma física aos 48 anos de idade. Wayne estava com 55 anos mas bastante fora de forma e não seria páreo para Strode que fatalmente o machucaria se ambos brigassem para valer. E uma luta de verdade acarretaria grandes prejuízos à produção pois um soco de Woody arrebentaria a cara de John Wayne. Mas Woody engoliu a seco os xingamentos que ouviu de Wayne e mesmo a agressão na carroça. Com isso demonstrou que era um homem de bom senso, serenidade e extremo profissionalismo. Ford, o verdadeiro causador do incidente, agradeceu Woody por sua atitude mas anos depois o ator negro culpou o diretor pelo fato. Em sua carreira como ator Woody Strode participou de grandes filmes, conviveu com diretores importantes como Ford e com e atores famosos como Wayne. E isso porque sua compleição física e altivez somadas a seu razoável talento interpretativo, fizeram dele um dos mais requisitados atores negros de seu tempo.

Wayne e Strode.

Atleta do decatlo, Woody arremessa o
disco; ao lado a pintura que irritou Hitler.
Afronta aos nazistas - Nascido em Los Angeles, em 25 de julho de 1914, Woodrow Wilson Wolwine Strode, apelidado ‘Woody’, era descendente de índios Blackfoot, Cherokee e Creek, além de naturalmente ser o que se convencionou chamar de afro-americano. Essa mistura de raças gerou um jovem fortíssimo, com 1,93m de altura e uma invejável musculatura, que se destacou nos esportes já na Jefferson High School, em Los Angeles, na prática de American Footbal. Mais tarde Woody se destacaria também como atleta de decatlo, com marcas impressionantes nos 100 metros rasos e no salto em distância. Woody Strode adquiriu certa notoriedade quando aos 20 anos de idade venceu um concurso para posar nu para o artista plástico Howard Stowitts. Os trabalhos de Stowitts foram selecionados para exibição nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. A presença do retrato de um atleta negro causou constrangimento no Führer e nos demais líderes nazistas e a exposição foi fechada e só reaberta depois de retirados os quadros retratando o gigante negro. Leni Riefenstahl declarou que aquele corpo (de Woody) era o mais perfeito físico de um atleta que ela havia visto na vida. Woody Strode não encontrou dificuldades para chegar à UCLA (Universidade da Califórnia – Los Angeles) onde se destacou no American Football, terminando por se profissionalizar e sendo um dos quatro pioneiros atletas negros desse esporte antes dominado pelos brancos. Com seu porte físico e fama alcançada, Woody Strode foi levado para Hollywood onde seu primeiro trabalho foi como figurante em “No Tempo das Diligências” (Stagecoach).

O jgador de American Football Woody Strode na UCLA.

Woody Strode em"Os Dez Mandamentos"
como o rei etíope; à direita como um guarda
 atrás de Charlton Heston e Martha Scott.
Dos ringues para a tela - Em 1941 Woody Strode contraiu matrimônio com a princesa Luukialuana Kalaeola, descendente da última rainha do Havaí. Casado e insatisfeito com a falta de oportunidades no cinema Strode voltou para o futebol americano profissional. A carreira de Woody foi interrompida quando ele foi convocado pela U.S. Army para lutar na II Grande Guerra. No retorno do conflito mundial Woody prosseguiu como jogador de futebol americano atuando também no Canadá, em Calgary. Quando encerrou sua carreira nesse esporte, Woody que já havia participado de espetáculos de luta-livre, voltou a atuar, no início dos anos 50, nesses shows que lotavam ginásios e alcançavam os índices mais elevados na audiência de televisão. Os embates entre Woody Strode e Gorgeus George são considerados antológicos no gênero. Porém novamente o cinema atraiu Woody Strode que reapareceu nas telas em “Caçadores de Leões” (The Lions Hunters), estrelado pelo ‘Bomba’ Johnny Sheffield. Nesse filme Woody interpreta o africano Walu, o primeiro de uma série de personagens parecidos que faria a seguir com nomes como ‘Mongo’, ‘Malaka’, ‘Ramo’, ‘Zanguma’, ‘Moor’, Binaburra e ‘Muwango’. Mas Woody teria oportunidades melhores em “Andócles e o Leão” e em “Demétrius, o Gladiador”, ambos com Victor Mature, sendo notado por Cecil B. DeMille. O célebre diretor contratou Woody para ser o Rei da Etiópia em “Os Dez Mandamentos” mas o aproveitou em um segundo papel de menor importância. Em “O Cálice Sagrado”, o filme que Paul Newman queria esquecer, Woody Strode teve pequena e também esquecível participação. Antes de terminar a década de 50 Woody Strode ainda amargaria aparecer em filmes como personagens bizarros, ele que chegou a ser ‘Lothar’ num filme para a TV que teve Mandrake, o Mágico como herói. Em 1959 Woody foi 'Toro', um pirata negro em “Corsário sem Pátria”, dirigido por Anthony Quinn e um soldado em “Os Bravos Morrem de Pé”, estrelado por Gregory Peck.

Acima Woody Strode em sua estréia no cinema em "Caçadores de Leões";
com Gregory Peck em "Os Bravos Morrem de Pé"; abaixo como o pirata
'Toro' em "Corsário Sem Pátria", saltando de um galeão para outro
com um pesado fardo.

Woody Strode como
Sargento Rutledge.
Westerns com John Ford - Nos anos 60 Woody Strode participou de diversos filmes importantes que o levaram a ser conhecido pelo nome e não apenas lembrado como 'aquele negro forte' de tantos outros trabalhos no cinema. A magnífica sequência começou em 1960 com “Audazes e Malditos” (Sergeant Rutledge), western de John Ford que Woody protagonizou. No mesmo ano, um dos melhores momentos do épico “Spartacus” foi a brutal luta entre o gladiador africano Draba (Woody) contra Spartacus (Kirk Douglas). Ao invés de matar Spartacus, Draba arremessa seu tridente contra o balcão onde se encontra o Senador e General Crasso (Laurence Olivier) e seus acompanhantes. Indicado para o prêmio ‘Melhor Ator Coadjuvante’ do Golden Globe (1961), por sua atuação em “Spartacus”, Woody Strode recebeu, enfim, o reconhecimento da crítica quanto a seu talento como intérprete. Fazer parte do grupo de atores preferidos de John Ford é, sem dúvida, uma honra para qualquer intérprete e Woody Strode atuou sucessivamente em “Terra Bruta” (Two Rode Together) e em “O Homem que Matou o Facínora” (The Man Who Shot Liberty Valance), ambos de John Ford. Neste último, que foi a derradeira obra-prima de Ford, Woody Strode interpreta Pompey, numa atuação tão marcante quanto aquela em que personificou o Sargento Rutledge. E Woody estaria presente no elenco de “Sete Mulheres”, a despedida de John Ford do cinema. Entre esses filmes Strode foi Khan, o líder espiritual de uma tribo na aventura “Os Três Desafios de Tarzan”, em que o Rei das Selvas é Jock Mahoney. Strode já estivera em outro filme do Rei das Selvas, que foi “Tarzan e a Tribo Nagasu”, com Gordon Scott.

Woody Strode como o envelhecido Pompey e ainda jovem
com Tom Doniphon (John Wayne).

Woody Strode em "Audazes e Malditos" com Jeffrey Hunter e com
Carleton Young na foto à direita.

Woody Strode enfrentando dois Tarzans: Gordon Scott e Jock Mahoney,
este na foto maior à direita, magérrimo perto dos músculos de Woody.

A espetacular luta dos gladiadores Kirk Douglas e Woody Strode em "Spartacus".

Woody Strode arremessa o tridente em direção à tribuna onde estão
Laurence Olivier, John Dall, Nina Foch e Jean Simmons.

"Era Uma Vez no Oeste": Woody Strode e
a irritante gota d'água; e com Jack Elam.
Destaque como atirador de flechas - A fantástica década de 60 reservaria ainda dois filmes memoráveis para Woody Strode, ambos faroestes. Em 1966 Woody foi um dos quatro especialistas de “Os Profissionais” (The Professionals”, como o atirador de flechas. Burt Lancaster desafiou inúmeras vezes Woody Strode, durante as filmagens, para disputar braços-de-ferro tendo perdido todas as disputas e nunca se conformando com a descomunal força do ator negro. E veio 1968, com Sergio Leone colocando Woody Strode na deslumbrante sequência inicial de “Era Uma Vez no Oeste” (C’Era Uma Volta Il West) com Woody como Stone, um dos bandidos que aguardam a chegada do trem. Depois desse conjunto de westerns Woody Strode poderia ser considerado o mais importante ator negro dos faroestes, ainda que nunca como ator principal. O filme seguinte de Woody foi outro western – “Shalako” – com Sean Connery e Brigitte Bardot encabeçando um grande elenco. Ao lado de Terence Hill e Bud Spencer, Woody atuou em “A Colina dos Homens Maus” (La Colina degli Stavali), prosseguindo a fase europeia de sua carreira. Com a dupla

Os profissionais Woody Strode, Lee Marvin, Robert Ryan e Burt Lancaster;
à esquerda Woody treinando atirar a flecha com pavio incendiário.

Cena de "Shalako" com Sean Connery em luta de lanças com Woody Strode;
à direita George Eastman, Terence Hill, Bud Spencer e Woody Strode.

Franco Nero e Woody Strode;
abaixo Woody com Henry Silva.
Fase europeia - Outros westerns-spaghetti, já nos anos 70, que contaram com Woody Strode no elenco foram “Keoma”, com Franco Nero; “Chuck Mull, o Homem Vingança” (Ciakmull – L’Uomo della Vendetta), de Enzo Barboni; “A Crista do Diabo” (The Deserter), de Burt Kennedy; Gianfranco Parolini dirigiu Woody em “Noi Siamo Angeli”. Woody que já fora o Rei da Etiópia foi o Rei da Numidia em “Scipião, o Africano”, comédia histórica italiana em que o africano Scipião é interpretado por Marcello Mastroianni. Ainda na Europa “Por Ordem da Cosa Nostra”, filme sobre a máfia teve no elenco Henry Silva e Woody Strode. Em “Colpo in Canna”, Strode foi o primeiro nome do elenco masculino, contracenando com Ursula Andress.

Woody Strode e Ernest Borgnine em
"Marcados pela Vingança".
Algumas bombas na filmografia – Retornando a Hollywood, Woody Strode atuou nos seguintes westerns: “The Gatling Gun”, com Robert Fuller; “Marcados pela Vingança” (The Revegers), com William Holden e Ernest Borgnine; “The Last Rebel”, com Joe Namath (ex-jogador de futebol Americano, como Woody Strode). “Winterhawk” foi um western que passou despercebido nos cinemas mas que tem no elenco, junto a Woody Strode, os nomes de Denver Pyle, Leif Erickson, Elisha Cook Jr., L.Q. Jones e Arthur Hunnicutt, conhecidos dos fãs de westerns. Fora do gênero western Woody Strode apareceu em “Travessia a Cuba”, com Stuart Whitman e Robert Vaughn e em "Causa Perdida" (Che!) biografia do guerrilheiro argentino protagonizado por Omar Shariff. Apenas para ganhar dinheiro Woody atuou em filmes terríveis como “A Maldição das Aranhas”, com William Shatner; “Ravagers”, com Ernest Borgnine e Richard Harris; “Jaguar Lives!”, com Christopher Lee. Por certo estes filmes devem ter deixado Woody com saudade de John Ford, de Richard Brooks e de Sergio Leone.

Woody Strode, o storyteller de "Posse".
A morte da sua princesa - Em 1980 Woody Strode passou pela tristeza de perder sua esposa Luana, com quem esteve casado por 40 anos e com quem teve dois filhos. Dois anos depois, em 1982, Woody tornou a se casar, desta vez com Tina, companheira até o fim da vida do ator. Nos anos 80 desapareceram as boas oportunidades em filmes para Woody Strode que participou de dez películas nessa década. A mais importante delas foi “Cotton Club”, de Francis Ford Coppola na qual Woody Strode tem um papel menor. Menos importante mas interessante pelo elenco foi “A Louca Corrida do Ouro” (Lust in the Dust) western escrachado dirigido por Paul Bartel com o travesti Divine e mais Henry Silva, Geoffrey Lewis, César Romero e Tab Hunter, com Woody Strode perdido no meio deles. Em 1992 Strode atuou em “Storyville – Um Jogo Perigoso”. Em 1993 o diretor negro Mario Van Peebles reuniu um elenco composto por muitos negros para o faroeste “Posse”, com Woody Strode interpretando o velho contador de histórias que abre o filme.

Woody Strode como o fabricante de caixões em "Rápida e Mortal",
(The Quick and the Dead), seu último filme

Woody Strode
Hall da Fama dos cinéfilos - O último filme da carreira de Woody Strode foi o western “Rápida e Mortal” (The Quick and the Dead), com Gene Hackman, Sharon Stone, Russell Crowe e Leonardo Di Caprio. Woody interpreta o pistoleiro ‘Charlie Moonlight’ e dá a impressão de estar já doente do câncer do pulmão que o levaria à morte aos 80 anos em 31 de dezembro de 1994, em Glendora, na Califórnia, onde vivia com a esposa Tina. “Rápida e Mortal” foi produzido nesse ano e lançado em 1995 quando Woody já era falecido. Em 1992 Woody Strode foi conduzido ao Hall da Fama dos Atletas da Universidade da Califórnia (UCLA). Um tanto tardiamente, em 2012, foi a vez do Museum of Western Heritage honrar Woody Strode colocando-o no seu Hall da Fama. Justa homenagem a um ator que dignificou cada personagem que interpretou, especialmente o Sargento Rutledge de “Audazes e Malditos”, o gladiador de “Spartacus” e o negro Pompey, empregado de John Wayne em “O Homem que Matou o Facínora”. Esses três filmes apenas bastariam para colocar Woody Strode no hall da memória dos verdadeiros cinéfilos.

Woody Strode já envelhecido: à direita recebendo homenagem.

Woody Strode teve que se vestir de índio e interpretar guerreiros
africanos muitas vezes no cinema.

Woody Strode e Clint Eastwood ainda jovens num episódio de "Rawhide",
série de TV estrelada por Eastwood.

Woody Strode em "Gengis Khan" com James Mason na foto à esquerda.

Woody Strode com Omar Shariff e Barbara Luna em "Che!";
com o famoso jogador de futebol americano Joe Namath que tentou sem sucesso
a carreira no cinema; à direita Woody em "O Retorno do Corcel Negro". 

Woody Strode nos tempos de luta-livre enfrentando Gorgeus George,
o mais famoso astro daquele tipo de espetáculo.

Cena de "Spartacus" com Woody pendurado de cabeça para baixo
após ser morto pelos nobres romanos.